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UnComfortablyNumb

''Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover se a si mesmo'' Platão

UnComfortablyNumb

''Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover se a si mesmo'' Platão

01
Jun17

A dispersão é o fenómeno dominante

 

E chega-se aos 20! Duas décadas, como alguns gostam de se referir! Um dia de festejo, 365 dias de problemas existenciais: Onde se questiona o que se fez até aí, o que se conquistou e o que falta realizar.

E na verdade parece tudo igual, que nada mudou, apenas passou o tempo e tudo continua ligeiramente no mesmo sitio.

Mas na realidade esse ligeiro movimento do universo, segue a teoria do caos.

A pouco e pouco os fins de semana ficam sem amigos, a dispersão é o fenómeno dominante. Pouco vão sendo os que restam. E aí te imaginas nos 30, onde estão os amigos da adolescência? Já não estão? Talvez tenham acabado por encontrar novos amigos, pessoas com quem partilhem os mesmo interesses, e até a mesma futura profissão.

Os jantares de amigos servem apenas para relembrar bons tempos, e são o único esforço que se faz durante algum tempo para se manter o que resta.

Porque deixou, por algum motivo, de investir no que se investiu durante tantos anos, porque o desinteresse veio ao de cima ou porque deixou de haver utilidade....

13
Set16

REDE

 

E tudo acontece demasiado rápido! Tão rápido que é difícil perceber o que nos envolve, o que faz com que  se torne incrivelmente difícil de perceber o se quer.

Pedes tempo, mas não to dão! Estamos demasiados conectados, para quebrar a corrente, e para negar o sistema.

O sistema domina-te e torna-se viciante, sair dele é quase um acto de coragem.

Tudo foi tornado demasiado efémero por ele. Já não há qualquer problema em perder, porque tão rápido se volta a ganhar.

Perdeu-se a intensidade que apaixona e o calor que apega. O polegar começa a ficar dorido de pressionar o ''enviar''. E tudo se resume a isso.

As trocas de olhares viraram onlines coincidentes. As sonoridades envergonhadas, tornaram-se olás confiantes.

Mas em pouco tempo também tudo vira estranho, conclui-se que nunca se conheceu na realidade.

Mas a cadeia continua, o sistema não cai, apenas falha mais uma vez.

Tu queres encontrar o teu nirvana, mas impedem-te vezes sem conta, e sem estares preparado convidam-te a entrar de novo.

24
Jul16

saudade.

 

Por vezes não queremos e do nada temos.

Passamos a querer e perdemos.

E tudo vira um ciclo, sentes saudade de quem não tem, recuperas, e cais no ciclo.

Porque provavelmente nunca recuperaste, apenas pensaste que apagaste, da cabeça, o que já se encontra no coração.

E do nada deixas de resistir, e apenas te deixas ir.

E acabaste de entrar de novo no ciclo. Abriste a porta ao que te entalou e te vai entalar.

No sub-consciente sabes o quanto é ridículo, mas o passo em frente foi aparente, e cais de novo no ciclo.

E quando dás por ti, já houve o clique. Aquele que pela segunda vez não sabes de onde vem, mas o suficiente para cair no ciclo.

E procuras a razão, e não encontras! Queres mudar de faixa, mas algo encravou.

Calas e não dizes o que sentes.

Alimentaste a saudade e tudo volta ao ciclo.

 

 

 

24
Jul16

Pedi colegas, deram-me familia

 

 

 

E por fim o secundário estava acabado, e uma vida nova pela frente, prestes a começar! Porém podem pensar que os anos de faculdade, longe de casa, são os melhores na nossa vida. Mas nem tudo é um mar de rosas.

E o primeiro obstáculo que tive foi escolher uma casa! E digo-vos não foi nada fácil. Viver com outras pessoas, inicialmente desconhecidas para nós não é fácil. Ter que aprender a respeitar hábitos e personalidades de algum com quem foste basicamente impingido a viver é  uma tarefa difícil. Onde tens que aprender a calar a muita coisas e alterar os teus próprios comportamentos.

Mas posso-vos dizer que tive sorte! Pedia apenas colegas de casa minimamente decentes, mas ao invés disso deram-me uma segunda família!  Pedia alguém que não me incomodasse muito, mas tive alguém que fazia o contrario! Tive alguém que ao final de um dia de aulas estava á minha espera! Que estava lá para me dar na cabeça quando precisava e para dizer vezes sem conta: « Sim mamã» .

Pedi colegas, recebi amigas! Não podias estar mais grata por tudo!

24
Mar16

Instinto selvagem

 

O cerebro dos animais está auto-programado para não esquecer facilmente as coisas más que lhes acontecem! Isto é uma estratégia de sobrevivência, que lhes permite evitar perigos anteriores. E nós humanos? Será que ainda temos este instinto de auto-preservação? Pois bem, a mim parece-me que não.

Talvez sejamos masoquistas, talvez sejamos só parvos apenas. Mas uma coisa é certa! Gostamos de recordar o bom, e esquecer o mau! Recordar o que nos fez felizes e já não faz! Chorar lágrimas de saudade, e negar soluços engasgados de dor! Exponencializar o mínimo, e fracionar o péssimo...

Lembras-te do cheiro dele? E do abraço? Eu também! E dos seus lábios quentes na tua face gelada? Mas se eu te perguntar porque não estás com ele? Tu vais responder e depois continuas a frase com um «mas» ... Mas esse «mas» é o eufemismo da tua tristeza, e da dor no peito que sentiste depois de tudo acabar! Queres voltar para ele? Mesmo que me digas que não, nem tu acreditas nisso! Perdeste o amor próprio, e já não segues o que acreditas. E cedes!

Em estado selvagem se cedesse, o tempo acabava para ti ! E a sobrevivência da espécie poderia não se perpetuar!

Mas a diferença é no sobreviver! Porque eu vivo! Vivo, erro e volto a errar!

15
Jan16

...E pela primeira vez beijámo-nos...

 

Com segundas intenções ou apenas como um ato de cavalheirismo acompanhaste-me até casa! Podia-se ter dado naquele minúsculo elevador, mas não! Preferimos a gélidas escadas junto à porta...

A conversa ainda não tinha acabado, mas eu já estava entregue: sã e salva. E, daí surgiu outro convite, e assim continuamos a conversa sentados nos degraus. Entre bocejos e risos, os nossos rostos tocavam-se timidamente!

Ouvimos o elevador, e um silêncio sarcástico inundou o ar! Qual era a probabilidade de parar no 4º andar? E não é que parou mesmo! Mal a porta bateu, soltamos ambos uma gargalhada E por sua vez, a luz da entrada apagou-se, e de forma sonolenta encostei-me no teu ombro! E foi assim, que as nossas respirações quase se sincronizaram, podia sentir a tua pulsação despromovida de ritmo. E de forma lenta e harmoniosa as nossas almas se fundiram, e os lábios se tocaram. E, assim, pela primeira vez beijámo-nos...

23
Nov15

Memórias de uma vida contigo #1

 

De uma forma irracional , e quase descontrolada entrei pela sala a dentro! Sabia que era a ultima vez e tinha que o fazer! Se era por mim ou por ti, nao o sabia ao certo! Eu tinha que te ver, era impensavel ser de outra forma! Talvez fosse a esperança de o futuro certo se poder adiar ou a espera por um milagre, não sei... Deparei-me diante ti! O silencio arrabatador que se fez, quase me sufocou! Não queria verter nenhuma lágrima á tua frente, talvez não quisesse cair na realidade, e não quisesse que tu cheirasses a minha fraqueza! Mas não me contive foi mais forte do que eu... Afinal a tua lealdade também se sobreponha a tudo!

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